21.2.25

Amor é... Ainda - e sempre - Camões; ainda - e sempre - Açucena Alijaj!

 De um desafio de escrita lançado pela professora Paula Coelho na equipa teams do CLE (Clube de Leitura e Escrita), a propósito do dia 14 de fevereiro e do soneto camoniano "Amor é fogo que arde sem se ver", eis que de novo nos surge a excelente escrita da Açucena, do 12.ºH, que não perde um desafio do género, nem a capacidade de nos surpreender. Sempre! 


Luís de Camões iria gostar, sem dúvida. Ora apreciem:


Amor é fogo que arde sem se ver (versão intercultural)

 

Amor é fogo que arde sem se ver,

um sol de Itália a aquecer o trigo,

o mar de Azov  sem se render,

brisa japonesa num templo antigo.

 

É tango urgente em noite argentina,

é mantra indiano de castas feridas,

é canto livre na voz palestina,

um fado em Coimbra nas despedidas.

 

É céu andino a tocar o vento,

um Kalahari com sede de mudança,

é mar que embala o Caribe distante.

 

Vive onde houver um povo e alento,

num beijo, num verso, num passo de dança,

sem cor, sem fronteira – eterno e vibrante.

 

                                                                  Açucena Alijaj, 12ºH

3 comentários:

Helena Queirós disse...

Que talento tem esta jovem! E que capacidade de pôr a poesia ao serviço do ativismo e do bem da sociedade! Parabéns à Açucena e ao Clube de Leitura do Agrupamento!

Viviana disse...

Maravilhoso! Parabéns! Gostei muito!

Mª João Rodrigues disse...

Parabéns!