2.6.23

“Olhares”… na senda de Cesário e de Caeiro

 Aqui está uma partilha da turma C, do 12.º ano, orientada pela professora Zaida Viera, na disciplina de Português. "Olhares" que são portas que se abrem para dentro da escrita poética e para uma reflexão final, pelas mãos dos seus alunos.


ODE À HORTA

Semente que cresces

no interior da terra,

tão depressa envelheces.


Como te sentes?

Triste? Revoltada?

Tu que estás parada

a ver o mundo descansada.


Sinto o vento a passar,

a embalar as minhas folhas.

Sinto o nevoeiro, húmido e frio.

Sinto que estou parada,

descansada.

Mafalda Pinto e Rui Mendes


Num dia comum, a natureza revela-se,

em cada detalhe, a sua beleza singela.

O sol brilha alto no céu, radiante e quente,

a iluminar o mundo, a sorrir suavemente.

 

O céu azul estende-se em infinitude,

com nuvens brancas suaves em

plenitude.

 

No chão, pequenos insetos seguem

o seu caminho, formigas trabalhadoras,

a contruir o seu ninho.

 

E as flores, nas suas variadas formas e

tons,exalam fragrâncias, verdadeiras

canções.

 

O verde das árvores, um manto vivo,

onde a vida agita-se, em movimento

cativo.


Neste dia tão comum, a natureza

presenteia, com a sua essência pura,

grandiosa e cheia

 

João Amaral e Henrique


Nuvem branca no céu azul

Semente caída da árvore vestida

Sol escaldante virado para sul

Folha verde no chão escondida


Calçada de pedra nas rachas preenchida

Num improvável acontecer, oh vida!

Floresce ervas e musgo

Mas olhem, uma coisa nova também


Ai que bela, esta borboleta

Voa e voa apenas por voar

Perfeita por não saber pensar

Aiii, suspiro, pois sei que eu não serei ela

Mas ainda tento alcançar


Ouçam…

Um chirrear no topo da árvore

Esperem! Um caraquejar também

Para os ouvir e escutar

Tenho que simplesmente me calar


Shiuuuu! vozes da minha cabeça

Calem se!!

Tiago Rocha e Cristiano

  

Vimos um bicho de conta que se enrolou quando tocamos nele e o fizemos sentir ameaçado. Na guerra da Ucrânia e Rússia, os soldados defendem -se de uma maneira semelhante quando estão a ser atacados.

Passamos por uma sardanisca que se foi afastando de nós de forma ágil, por ver os humanos como uma ameaça, e que passou por cima de grades sem cair, ao contrário do Homem, que cai por si mesmo sem existência de obstáculos.

Fizemos uma viagem no tempo e concluímos que atualmente damos grande importância a problemas insignificantes e supérfluos, quando no passado havia  de facto  grandes problemas que conseguiram ser ultrapassados com muita ambição e coragem.

Apercebemo-nos de que o fim do secundário está demasiado próximo e que talvez não tenhamos aproveitado esta etapa da nossa vida o máximo.

A academia de líderes UBUNTU faz- nos pensar que valores como a felicidade, persistência, perseverança, coragem e determinação, que são um pouco esquecidos na sociedade atual, são objetivos a cumprir pelos jovens do presente, o que nos leva a crer que ainda há alguma esperança na melhoria do mundo.

Maria Clara Faria, Maria Francisca, Mariana Paupério, Inês Pinto e Catarina Oliveira

 

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