23.2.24

Fevereiro - Mês dos Afetos

 No âmbito da atividade “Fevereiro - Mês dos Afetos”, foi desenvolvida uma oficina artística entre a BE, representada pela docente Adelina Martins, e os alunos do Centro de Apoio à Aprendizagem, sob orientação das professoras Helena Pereira e Ana Alves e do professor Flávio Oliveira.


Os alunos do CAA, foram convidados a intervirem artisticamente em superfícies de cd's que iriam ser descartados, reutilizando restos de papéis e tecidos de cores quentes, relacionadas com as temáticas - afetos, amizade, amor, alegria.

Posteriormente, a docente Adelina Martins uniu os diversos cd´s, formando dois enormes corações, para serem expostos na escola, no sentido de enfatizar não só a temática dos afetos, mas também da união e da inclusão. Para as referidas uniões foram reutilizados arames de espirais usadas em encadernações antigas.

Dado o cariz do projeto assentar, essencialmente, sobre a reutilização de materiais existentes, dando-lhes uma nova vida, foi desenvolvida também uma parceria com o Eco-Escolas do nosso agrupamento, sendo que um dos corações será exibido no Eco-Concelho que se realizará no próximo dia 28, pelas 17h, no auditório da nossa escola.




15.2.24

Holocausto... Como foi possível?

  Ainda no âmbito das atividades em torno do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, alguns alunos do 12.º ano responderam ao desafio e escreveram os textos que aqui partilhamos. Outros trabalhos podem ser apreciados, encontrando-se expostos na Biblioteca.  


O Holocausto foi um período negro durante a Segunda Guerra Mundial, em que milhões de pessoas foram perseguidas e mortas pelos nazis. Recordar este evento é crucial para honrar as vítimas e garantir que tais atrocidades nunca se repitam.

O Holocausto, um dos períodos mais tenebrosos da história mundial durante a Segunda Guerra, foi marcado por uma campanha sistemática liderada pelos nazis, sob a égide de Adolf Hitler. Entre 1941 e 1945, desencadearam uma perseguição implacável e um extermínio brutal, focalizado principalmente na comunidade judaica, mas alargando-se a outros grupos considerados "indesejados", como ciganos, deficientes, homossexuais e dissidentes políticos.

Este genocídio materializou-se através de campos de concentração e extermínio, onde milhões de indivíduos foram cruelmente eliminados. A desumanização tornou-se uma característica proeminente, reduzindo seres humanos a meros números, submetidos a condições degradantes e privados da sua dignidade.

O Holocausto não se resume apenas a uma atrocidade em massa, mas também representa um exemplo gritante do que pode ocorrer quando o ódio, o preconceito e a intolerância não são combatidos. Recordar este período é crucial para homenagear a memória das vítimas e sublinhar a importância de promover a tolerância, respeito e compreensão, independentemente das origens ou crenças. Constitui um alerta perpétuo sobre as consequências devastadoras do extremismo e da discriminação, enfatizando a necessidade constante de defender os direitos humanos e a justiça global.

O Holocausto continua a ser uma das páginas mais sombrias da história da humanidade, um momento em que a intolerância, o ódio e a violência atingiram proporções inimagináveis. As lições extraídas desse período são cruciais para garantir que tais atrocidades nunca se repitam. Recordar o Holocausto é mais do que honrar a memória das vítimas; é um lembrete constante da necessidade urgente de promover a compreensão, a tolerância e o respeito mútuo. Devemos permanecer vigilantes contra qualquer forma de discriminação e preconceito, e trabalhar incansavelmente para construir um mundo onde a dignidade humana seja inalienável e os direitos de todos sejam respeitados.

Henrique Canado, José Martins, Pedro Martins, Rafael Sousa, Simão Rocha (12.ºK)


O Holocausto, um capítulo devastador da história, ocorreu no período de 1941-1945, com a Segunda Guerra Mundial, durante o Terceiro Reich, período liderado por Adolf Hitler, “Führer” na Alemanha e pelo regime nazi. A atmosfera hostil deu origem a políticas discriminatórias, leis antissemitas e respetivas propagandas intensivas. A implementação do "Plano Final" pelos nazis resultou na criação de campos de concentração e extermínio, onde judeus e quaisquer outras minorias étnicas que fugissem ao padrão ariano como degenerados, negros e opositores políticos seriam submetidos a condições desumanas e execuções em massa.

Até hoje pensamos no que motivou tamanha crueldade. Recuando um pouco no tempo e na história percebemos que os principais fatores que conduziram ao holocausto foram principalmente a ascensão de Hitler ao poder, em 1933 quando, o líder do partido nacional-socialista foi convidado para o cargo de chanceler da Alemanha. Com ele, diversas leis foram criadas para exterminar judeus. Em 1935, foram aprovadas as Leis de Nuremberga, que proibiam os judeus de serem atendidos em hospitais, negavam-lhes a nacionalidade alemã e proibiam-nos de trabalhar em qualquer agência governamental. Também a propagação da ideologia nazi levou à eugenia como prática política. Segundo eles, os alemães eram os únicos descendentes puros dos arianos (primitivos indo-europeus), que Hitler acreditava ser uma "raça superior". Esta eugenia é um conjunto de práticas e teorias que buscam alterar as características genéticas de uma população de forma controlada. Para isso, o governo nazi proibiu o casamento inter-racial entre alemães e judeus. Finalmente, o antissemitismo também moldou o caminho para o Holocausto, levando ao preconceito contra o grupo étnico dos judeus – os semitas. Este foi propagado pelo III Reich por meio de leis, decretos e regulamentos discriminatórios em toda a Alemanha. O antissemitismo nazi foi expresso também na propaganda, liderada por Joseph Goebbels como Ministro da Propaganda. Através de ações propagandistas, foram criadas teorias da conspiração apresentando a imagem dos judeus como um povo traiçoeiro, com planos ocultos para dominar o mundo e culpados na derrota na Primeira Grande Guerra. Também era comum relacionar os judeus a comunistas e anarquistas.

Um dos mais violentos casos de antissemitismo foi “A noite de Cristal” em 1938, com a destruição pequenas lojas de comércio judaicas e sinagogas. Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial e as derrotas acumuladas, as perseguições aos judeus acentuaram-se. A partir de 1942, numa conferência realizada em Wansee, na periferia de Berlim, os nazis adotaram a “solução final”, acordando uma diretriz de massacre científico. Já existiam na Alemanha e em outros países, campos de concentração nazis, onde inimigos políticos, judeus e doentes mentais eram mantidos e muitos deles, mortos. Então passou-se à construção de campos de extermínio, para onde seriam levados prisioneiros eslavos, ciganos e principalmente judeus para realizar trabalho forçado, acabando mortos nas câmaras de gás, como forma de Hitler “purificar” o país. Com a derrota oficial da Alemanha Nazi na guerra, os alemães perderam território e os campos de concentração foram libertados pelas tropas aliadas. No dia 27 de janeiro de 1945, as forças soviéticas foram as primeiras a chegar ao campo de Auschwitz, o maior de todos. Somente após a libertação dos prisioneiros o mundo tomou conhecimento destas atrocidades.

O dia 27 de janeiro passou a ser o "Dia Internacional de Lembrança do Holocausto".

Este trágico episódio deixou cicatrizes profundas na consciência global e destaca a capacidade humana para a intolerância extrema. Ao compreender e lembrar esse período sombrio, somos compelidos a confrontar as ramificações do preconceito e da discriminação, reafirmando a necessidade contínua de promover a justiça, a igualdade e o respeito pelos direitos humanos.

Jaime Nunes, Inês Silva e Marta Lemos (12.ºL)


"Desejo andar de bicicleta, dançar, assobiar, olhar para o mundo, sentir-me jovem e saber que sou livre, e ainda assim não posso deixar transparecer. Imagina o que aconteceria se todos nós os oito sentíssemos pena de nós mesmos ou se andássemos por aí com o descontentamento claramente visível nos nossos rostos. Onde é que isso nos levaria?"- Anne Frank

O Holocausto consistiu na perseguição sistemática e no assassinato de 6 milhões de judeus europeus pelo regime nazi alemão, pelos seus aliados e colaboradores. Contudo, não se limitou aos judeus, impactando todas as raças consideradas inferiores, ou seja, os homossexuais, os ciganos, os degenerados, os comunistas, os liberais e os eslavos. Este foi um processo contínuo que ocorreu por toda a Europa entre 1933 e 1945, sendo designado pelos judeus como Shoah (palavra hebraica que significa catástrofe).

Publicado em 1920, o programa partidário do Partido Nazi, conhecido como Programa Nacional Socialista ou Programa de 25 pontos, declarou publicamente a intenção de segregar os judeus da sociedade "ariana" e de revogar os seus direitos civis, políticos e legais.

Assim, percebemos que o antissemitismo, ou seja, a hostilidade face aos judeus, que antes estava relacionada com motivos religiosos, era um princípio essencial da ideologia nazi, tendo sido a base do Holocausto, o qual teve início quando Adolf Hitler e o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores alemães subiram ao poder na Alemanha.

A instabilidade da Alemanha sob a República de Weimar (1918-1933), o medo do comunismo, a humilhação e a revolta causadas pela derrota na Primeira Guerra Mundial e as sucessivas crises económicas e políticas, tornaram os alemães mais recetivos às ideias nazis, entre elas o antissemitismo, uma vez que os judeus foram responsabilizados pelos dois últimos tópicos mencionados. Tal ocorria através de discursos de ódio que acabaram por se transformar em ação, sendo que os principais responsáveis por construir e difundir estas ideias foram Alfred Rosenberg, teórico nazi, e Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazi.

A primeira vaga de perseguições aos judeus começou quando as suas lojas foram boicotadas, impedindo o comércio deste povo. Isto precisamente porque se acreditava que exerciam uma grande influência na economia. Para tal, foram realizadas listas de estabelecimentos judeus e foram colocadas tropas da SA e membros da juventude hitleriana no exterior das lojas com o intuito de intimidar possíveis clientes. Durante o dia, os nazis grafitaram vitrines de lojas com a estrela de David, realizando igualmente marchas enquanto cantavam lemas antijudaicos.

O segundo movimento antijudaico incluiu a adoção das Leis de Nuremberga, em 1935, as quais legitimaram a perseguição aos judeus, que perderam o direito ao voto, foram proibidos de casar com elementos da raça ariana e privados da sua nacionalidade alemã.

Além disso, este povo foi separado e isolado em guetos, sendo que a entrada de alimentos era controlada e não era permitida a entrada de medicamentos. Surgiu também a obrigatoriedade de usar a estrela amarela e deixaram de poder exercer qualquer profissão ou frequentar lugares públicos.

Na noite de 9 a 10 de novembro de 1938, centenas de sinagogas e estabelecimentos comerciais judaicos são vandalizados e incendiados. Esta noite ficou conhecida como “Noite dos Cristais” (Kristallnacht) por conta dos inúmeros cacos de vidro que cobriram as ruas após o massacre.

Em 1942, na conferência de Wannsee, nos arredores de Berlim, foi discutida a implementação da “solução final do problema judaico”, que corresponde à última etapa do Holocausto.

No que diz respeito aos campos de concentração, os primeiros surgiram em 1933, sendo que eram designados de campos de trabalho pelos nazis e administrados pelas SS (secções de segurança) e pela Gestapo (Polícia política). Estes encontravam-se todos na parte leste da Europa, ou seja, estavam estrategicamente localizados, pois os nazis pretendiam concretizar o genocídio o mais secretamente possível sem que as outras populações se apercebessem da violação de direitos humanos. Na Polónia, por exemplo, houve seis campos de extermínio controlados pelos nazis: Auschwitz-Birkenau (o maior), Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka.

Os campos de concentração caracterizavam-se pelas fortes carências alimentares e higiénicas, pela brutalidade dos trabalhos forçados e pelo fácil aparecimento de doenças. O trabalho mantinha as “minorias” vivas, pelo que quando deixassem de ser produtivos, eram executados ou enviados para as câmaras de gás. Estas foram projetadas para aceitar grandes grupos de pessoas, tendo sido uma ideia retirada do Aktion T4 — programa em que ocorria a execução de indivíduos com distúrbios mentais ou deficiência física.

À medida que as Forças Aliadas se deslocavam pela Europa, numa série de ofensivas vitoriosas, os judeus foram libertados do controle nazi, sendo que a sua sobrevivência só foi possível devido a circunstâncias extraordinárias ou através da ajuda de outras pessoas. Aristides de Sousa Mendes, um diplomata português, foi uma dessas pessoas. Ele conseguiu que milhares de refugiados, sobretudo judeus, chegassem a Portugal, contrariando as regras de Salazar. Esta decisão custou-lhe um processo disciplinar e o afastamento da sua carreira, passando o resto da sua vida com imensas dificuldades económicas.

Outra destas situações ocorreu com a família de Anne Frank, a qual recebeu o auxílio de quatro funcionários de Otto Frank: Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Kugler e Bep Voskuijl, os quais levavam roupas e alimentos à família, que se encontrava escondida num “anexo secreto”, colocando as suas próprias vidas em perigo.

O Holocausto terminou com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial e os principais culpados acabaram por ser julgados e condenados por crimes contra a Humanidade.

Érica Larouca, Dinis Gonçalves, Patrícia Santos, William Simposya (12º J)

7.2.24

Dia da Internet Mais Segura

 O Dia da Internet Mais Segura celebra-se anualmente no segundo dia da segunda semana do segundo mês, que foi precisamente ontem, dia 6 de fevereiro. Deixamos aqui sugestões importantes, partilhadas na página de facebook do pnl 2027.

Lembramos algumas sugestões para navegar com mais segurança na Internet:
1. Mantenha os seus dispositivos protegidos.
2. Instale somente software fiável, licenciado.
3. Use palavras-passe diferentes para diferentes sites e aplicações.
4. Verifique se a página em que navega tem um cadeado na barra de navegação. Se não tiver, a página pode não ser segura e, por isso, não faculte dados pessoais ou confidenciais nessa página.
5. Se, em alguma circunstância, lhe solicitarem dados pessoais (números, palavras-passe, etc.) sem que a interação tenha sido iniciada por si, não faculte esses dados.
6. Ative sempre “segundos fatores” de autenticação nos sites e aplicações que utilizar (banco on-line, hospital, seguradora,…).
7. Preste atenção a mensagens e a anexos falsos: se o endereço eletrónico for desconhecido ou se o conteúdo lhe parecer estranho, o melhor é apagar.
8. Tenha cuidado com as redes de wi-fi públicas, pois nem sempre as ligações são seguras. Evite fazer compras e transações bancárias utilizando essas redes.
9. Converse com as crianças e explique-lhes os riscos associados à utilização da internet.
10. Na Internet, também encontra notícias falsas, desinformação, manipulação de imagens… Verifique as fontes.



https://www.facebook.com/100069158921432/posts/697509975897627/


2.2.24

"100 Palavras em Memória das Vítimas do Holocausto"

 Na continuação das atividades desenvolvidas em torno da Comemoração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, aqui ficam alguns dos trabalhos produzidos por alunos do Clube de Leitura e Escrita da ESRT. Os mesmos se encontram expostos à entrada da Biblioteca.

10 de abril de 1944

Hoje sinto que não consigo escrever. Mas vou fazer um esforço. Não sei muito bem por que insisto em encher este diário de tudo o que me assombra e aterra, mas deve ser porque me sinto a desesperar e preciso de me libertar destes fantasmas. O que se passa aqui em Dachau diariamente desafia a própria essência da humanidade. Não creio que os meus pais quando me levaram a Munique para as fileiras da Juventude Hitleriana, esperavam que acabasse aqui, a traduzir frases gemidas no medo, num beliche frio e amorfo como o céu fora desta janela. Este lugar é maldito e tresanda a morte. A desesperança. Há cópias de Dachau por todo o lado. Com crematórios. O odor acre e metálico de carne queimada teima em instalar-se e ficar na memória. Não quero deixar de o distinguir. Não quero ficar-lhe imune, porque não quero perder-me, nem a minha essência. Não sou perfeito, mas recuso ser “isto”.

O brilho e vivacidade de Munique parecem um sonho distante, substituídos pelo silêncio sufocante do sofrimento. Os rostos dos prisioneiros emaciados estão marcados pela agonia; cada olhar vazio reflete o horror que nos rodeia. Nem sei porque tento obstinadamente traduzir todas as palavras que os oficiais cospem na direção dos oprimidos. Repugna-me a minha própria língua na garganta dos soldados alemães. Reconheço dois ou três antigos camaradas, mas desconhecia-lhes o regozijo na crueldade. Já vomitei muito. Nos primeiros dias, nas primeiras semanas, nos primeiros meses. 

Diariamente. Creio que estou quase tão desbotado como as sombras em farrapos que me pedem migalhas de restos, desperdícios de tudo, “o que já não quiser”. Sei que o fazem com terror nos olhos, mas quero acreditar que sabem que os auxilio à socapa, sempre que posso. Na verdade, todos me lembram, na sua humanidade, pessoas que poderiam viver na minha aldeia. Alguns, palpita-me, poderão ser mesmo de lá.

A minha resistência pode parecer isolada, mas quero acreditar que o não é – haverá mais como eu, que fazem pequenos atos desafiadores da máquina monstruosa, todos os dias e amiúde. Este regime enredou-nos a todos, mas não vai sobreviver. Não pode. Pressinto-o nas informações que os soldados tentam camuflar entre cigarros e brandy. Observo-o no entreolhar furtivo dos oficiais que chegam ao campo com ordens de cima, trocando códigos e medos do fim. Será que o “inimigo” virá libertar Dachau? Que o faça em breve. De bom grado mostrarei a bandeira branca, deixando por terra o símbolo do Reich, que nunca foi verdadeiramente meu.

Enquanto escrevo estas palavras, o peso da culpa e da vergonha paira pesadamente sobre mim. Não posso apagar o passado que me foi imposto, mas posso escolher como navegar por este inferno presente e querer mais do futuro. Que a tinta que espalho nestas páginas sirva como testemunho da chama muito ténue da humanidade que me recuso a extinguir em mim. Mesmo nos cantos mais sombrios de Dachau.

Walter 

                                                           (Açucena Alijaj, 11.ºH)



Todos amados, todos humanos 

 

Vermelho no chão 

Carmim na consciência 

Bor na mão  

Tinto tingindo inocência 

Fantasmas de tempos passados 

Jamais poderão ser ignorados 

Inocentes ceifados 

Corações parados 

Todos amados 

Todos humanos 

 

Se segues a vida de maneira “diferente” 

Morres como toda a gente 

Como todos maltratados 

Como se fosse um pecado 

Mas os pecadores são os no topo 

Aqueles com o poder todo 

Aqueles que se acham um deus 

Mas nem vão ver os céus 

Porque todos os mortos são vítimas 

Todas amadas 

Todas humanas 

 

Todos merecemos amor 

Todos merecemos liberdade 

Todos merecemos ser protegidos 

Da mais egoísta maldade 

Infelizmente o porco no uniforme militar 

Teve a oportunidade de falar 

A história não se devia repetir 

Porque todos os que não puderam fugir 

Eram todos pessoas como nós 

Todos amados 

Todos humanos 

Matilde Coelho (10.ºH)


Em respeito às vítimas do Holocausto, erguemos os nossos corações em tributo aos milhões que padeceram sob a opressão implacável. Cada vida extinta deixou uma cicatriz profunda na nossa história coletiva. Ao recordar os horrores do passado, reafirmamos o nosso compromisso com a justiça, tolerância e compreensão. A memória desses inocentes serve como um alerta perpétuo contra a intolerância e o ódio. Que o legado dessas vítimas inspire um mundo onde a humanidade prevaleça sobre a brutalidade, e que a lembrança do Holocausto perpetue a busca incansável por um futuro mais justo e compassivo. 

(Matilde Lopes, 11.ºP)


The day the Nazi left

In the shadows of despair, a city's heart did sigh,

As the day the Nazi left drew a hopeful, tearful sky.

Tyranny's grip, once iron, began to slowly unclasp,

Yet scars remained, etched in time, within the city's grasp.


The echoes of marching boots no longer filled the air,

A symphony of freedom played, casting out the nightmare.

Battered walls stood witness to a history untold,

Yet in the ruins, seeds of hope dared to unfold.


The streets, once hushed, now hummed with a new refrain,

A chorus of resilience, a melody against the pain.

Wounds ran deep, but bravery ran deeper still,

As the healing hands of time began their soothing skill.

The sun, hesitant at first, peeked through the clouds,

Warming faces that had known oppression's shrouds.

Neighbours, strangers, hand in hand, rebuilding broken trust,

A city scarred by hatred, decaying, drowned in rust.

For every brick that crumbled, a stronger wall arose,

A testament to the strength that from adversity grows.

Though shadows lingered, the dawn had finally won,

The day the Nazi left; a new era had begun.

                                                                   (Açucena Alijaj, 11.ºH)