MIL PALAVRAS E MAIS UMA...
Blogue da Biblioteca da Escola Secundária de Rio Tinto
13.2.25
23.1.25
Terá Camões nascido no dia 23 de janeiro há cinco séculos atrás?
Um soneto e um eclipse solar indicam a data de nascimento de Camões: é este o título de um artigo do jornal Público, do início das Comemorações dos 500 anos do nascimento do Poeta, que dá conta do trabalho de investigação de um grupo de cientistas da Universidade de Coimbra.
O soneto é o que se segue, declamado pela Hévora (11.ºE) e pela Tentúgal (11.ºI), do Clube de Leitura e Escrita, junto à figura imponente do autor, colocada precisamente hoje no espaço da Biblioteca.
21.1.25
As plantas na obra poética de Luís Vaz de Camões - Exposição
Dedicada às plantas na sua obra poética, a exposição que podem desde já visitar à entrada da Biblioteca insere-se nas Comemorações do V Centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões.
O projeto expositivo e os textos são da responsabilidade de Ana Margarida Dias da Silva, Maria Teresa Gonçalves e Jorge Paiva, do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, e as aguarelas de Ursula Beau (1906-1984), pertença da Sociedade Broteriana.

14.1.25
Sessões de Partilha de Leituras
Aconteceram nos dias 9 e 10 deste mês, na ESRT e na EBFMSI, respetivamente, Sessões de Partilha de Leituras, organizadas e dinamizadas por elementos do Clube de Leitura e Escrita, mas que envolveram também outros alunos. Participaram as turmas 8.º1, 9.º1, 9.º2, 9.ºA, 10.ºP e 11.ºM, ouvindo ou dando voz às escolhas que livremente fizeram e se propuseram a partilhar, expressiva e confiantemente.
Havemos de repetir!
19.12.24
"Ser solidário", pelo Clube de Leitura e Escrita
Alguns alunos do Clube de Leitura e Escrita, inspirados pelo espírito natalício, responderam ao desafio e escreveram textos a partir do mote "Ser solidário".
Encontram-nos expostos na Biblioteca, para que os possam ler e apreciar.
Solidariedade
Ser solidário é ser além de si,
É dar-se ao outro sem razão que o prenda,
É ser a ponte entre o que dói aqui
E o que na alma alheia o peito estenda.
Não há no gesto um cálculo, um sentido,
Que o explique ao mundo ou ao próprio ser;
Há só o impulso, vago e destemido,
De erguer no outro o que se quer viver.
Quem dá ao próximo a mão que ampara
Não se perde a si, mas cresce na verdade,
Pois cada ato que por bem se declara
Traz no silêncio o eco da unidade.
E assim vou sendo - em dúvida, mas inteiro -
Um só no todo, e o todo num só veio.
5.12.24
É Natal! É Natal!
E a Biblioteca enche-se de magia!
Com a preciosa colaboração dos alunos do 10.º B e do 10.ºF, da professora Esmeraldina Santos, e dos alunos que frequentam o CAA, o Natal já chegou à nossa Biblioteca e aguarda a vossa visita.
E no English Corner...
28.11.24
BALOBÓBORA - UMA HISTÓRIA A QUATRO MÃOS
Era para ser uma história de Halloween... Acabou por ser uma história com duas metades. A vários níveis!
Pelo Clube de Leitura e Escrita, numa tentativa fragmentada de concluir uma oficina de escrita criativa...
BALOBÓBORA - UMA HISTÓRIA A QUATRO MÃOS
O dia estava escuro. Antevia-se uma noite ainda
pior...
Encolhido o mais que podia, na sua palidez
habitual, o balão de enfeitar "fingia-se de morto", há muito guardado
naquele espaço exíguo, mas totalmente adequado a quem quer passar despercebido.
Não foi o caso.
Primeiro foram os olhos nele pousados. Depois, as
mãos, prontas a atacar. Várias. Virado de um lado, virado do outro. Aberto,
insuflado. O ventre calculadamente enchido, desfigurado, até na sua acostumada
e confortável palidez. Não estava certo! Não o iria permitir! Não seria uma
abóbora, por mais que tentassem!
O dia já ia longo. A noite, maior seria.
Para ali ficou: metade balão, metade... abóbora?
Um ser disforme, sem nome e sem valor algum.
Foi então que aconteceu algo inesperado. Uma
criança, de olhar atento e sorriso travesso, percebeu a angústia do balão
híbrido. “Por que é que tem de ser uma abóbora? E se fosse outra coisa? Algo
especial?”
Com dedos pequenos, mas ágeis, a criança começou
a dar forma a uma nova ideia. Procurou restos de tecidos e colou-lhe remendos
coloridos. Fez-lhe olhos com tampas de garrafas, uma boca com um pedaço de
papel dobrado e acrescentou-lhe uma fita brilhante, amarrada ao topo. O balão
transformou-se, então, numa criatura fantástica: o Balobóbora!
Os outros, que até então o olhavam com
desdém, ficaram maravilhados. Não era apenas decoração. Era um símbolo de
originalidade e liberdade. O Balobóbora passou a ocupar o lugar de destaque na
festa.
Nessa noite, o híbrido iluminou o espaço com uma
luz suave, refletindo as cores dos remendos e brilhando com uma força única. As
crianças dançavam à sua volta, e até os adultos, rendidos, comentavam a
genialidade da transformação.
O balão, que não quis ser abóbora, escapou ao
destino imposto. Tornou-se algo muito maior: um ícone de criatividade,
diferença e aceitação.
E assim, viveu a noite mais longa e brilhante da sua existência – não como balão, nem como abóbora, mas como o Balobóbora, único no mundo.