2.3.22

Ainda (e sempre) o Amor...

 Dois textos partilhados pelos alunos Tiago Rocha e Clara Zanini, do 11ºC, através do Clube de Leitura e Escrita da ESRT. É sempre bom falar de Amor!


AMOR COMO FATOR TRANSFORMADOR

Outrora, pensava que o amor era uma mera quimera e que nunca o iria alcançar, porém, esse momento chegou há alguns meses e, neste pequeno período de tempo, já me transformou - fez-me crescer - e espero que este sentimento, considerado por alguns como controverso, continue a fazer com que eu evolua como pessoa.  

 Efetivamente, estar ao lado de alguém que se ama e ser amado, reciprocamente, é um fator deveras crucial para o nosso desenvolvimento tanto a nível sentimental/emocional como racional. Como prova disso, destaco a minha persona que está num relacionamento, com o qual tem aprendido muito. Relativamente às componentes sentimental e emocional, antes de experienciar o amor, não sabia como lidar com o que eu sentia nem como o demonstrar, no entanto, neste preciso momento, estou a descobrir como o fazer ao lado de quem mais amo, juntos e unidos, pois um dos valores que adquiri desta aprendizagem foi que devemos andar lado a lado e nunca um à frente do outro. Já a nível racional, o relacionamento foi muito benéfico, uma vez que me permitiu, em qualquer decisão, contar com o apoio e a opinião/conselhos de uma outra pessoa que quer o meu bem. Exemplo disso podem-se considerar as ocasiões em que tomamos decisões “a frio” e, deste modo, com a pessoa amada ao lado serão dois sistemas nervosos centrais a realizar sinapses, já que duas cabeças pensam melhor do que uma.

Face ao exposto, o tópico abordado é intemporal, tal como demostrado, por exemplo, na obra de Camilo Castelo Branco, admitindo, ainda, que o amor faz com que progridamos como seres humanos racionais, distinguindo-nos desta forma do boçal, para sobrevivência basal, postura adotada pelos irracionais.

                                                                                  Tiago Rocha, 11ºC


        O significado do amor em si ninguém sabe dizer, porém muitas pessoas passam a vida a tentar decifrá-lo. A meu ver, existem vários tipos de amor: aquele que é mais intenso, aquele que é ruim (mau) para nós, aquele que sentimos pelos nossos familiares e, o mais raro, aquele que é para a vida toda. 

        Também acredito que tudo à nossa volta gira em torno do amor, como por exemplo as músicas que são quase sempre baseadas em relacionamentos ou formas de sofrimento por amor. Podemos dar como outro exemplo as telenovelas: nestas existe sempre um casal principal que faz de tudo para no final ficar junto, assim como nos livros e nos filmes. E isto sempre foi assim, desde os séculos passados até aos dias de hoje. O amor, o romance, foi sempre visto de uma forma, por vezes, platónica, inalcançável, porém sempre desejável por todos. 

        O amor também está presente em todos os dias da nossa vida através do amor que sentimos pelos nossos pais e amigos, porém o que muitos têm e alguns anseiam é aquele sentimento forte pela pessoa que você deseja, aquele amor verdadeiro. Na minha opinião, este é o amor mais complicado, pois apenas num milésimo de segundo ele pode passar do sentimento mais desejado de todos para o pior sentimento do mundo.  

            Para mim, o segredo de amar e ser amado é você se deixar levar e ver aonde vai parar, sem pensar muito no que irá ou poderá acontecer. Não é que eu seja experiente no amor, longe disso, mas tudo aquilo que falo tem por base acontecimentos da minha vida. Por isso, quando falo que o amor é difícil, porém fácil, é ruim, mas ao mesmo tempo tão desejável, é complicado, porém tão simples, é porque já tive experiências que me comprovaram isso mesmo, e hoje em dia continuo tendo.  

        Concluo com toda a certeza de que o amor faz sim você crescer, tanto racionalmente, no que diz respeito ao seu jeito e à sua forma de pensar, como emocionalmente, no que diz respeito ao seu jeito de se abrir e de sentir emoções, pois ao longo da vida nós vamos aprendendo a lidar com o amor e consequentemente mudando por ele também.  

 

                                                                                 Clara Araújo Zanini, 11ºC

 


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