20.12.22
19.12.22
Quase Natal...
O espaço da BE enche-se de espírito natalício... Ainda que a "pausa" só se inicie depois de amanhã! Hoje, por exemplo, foi dia de prova para os alunos inscritos na fase de escola do CNL... e amanhã haverá encontro dos alunos do Clube de Leitura e Escrita...
Mas já é quase tempo de dizer: FELIZ NATAL!
15.12.22
Feirinha de Natal... pela UNICEF
Hoje, na BE/CRE da ESRT, com os alunos das turmas de 9.º ano da escola e respetivas professoras de Inglês.
Matemática, uma linguagem universal - Palestras na Escola # 5
Decorreu na passada terça-feira, dia 13, a quinta palestra do projeto "Palestras na Escola - Matemática uma linguagem universal", desta vez com o Professor Paulo Maurício, da FCUP. Assistiram à mesma as três turmas de 8.º ano da ESRT, que se envolveram ativamente na construção do painel da learning street alusivo ao tema - "O universo: escalas e conteúdo em potências de 10" - com a colaboração das suas professoras de Matemática (Sónia Pereira e Cristina Guedes) e da professora Esmeraldina Santos, claro! Aqui ficam algumas imagens.
9.12.22
CLE da ESRT - trocas de experiências de leitura
Deixamos aqui algumas sugestões de leitura, a partir das "conversas" na equipa Teams do Clube de Leitura e Escrita da ESRT.
8.12.22
LER Sophia... com o 7.ºA
Sophia de Mello Breyner Andresen foi a autora celebrada na atividade Autor do Mês de novembro. Os alunos da turma A do sétimo ano estiveram diretamente envolvidos na atividade: realizaram um pequeno jogo de pergunta-resposta com base nas obras da autora expostas na BE/CRE (em que se saíram muito bem!) e agora partilham connosco uma sugestão de leitura - O Cavaleiro da Dinamarca - com especial participação da Mafalda, do Pedro e da Pétala. Agradecemos a colaboração dos alunos e da professora Isabel Almeida (professora de Português).
Palestras na Escola # 5
É já na próxima terça-feira, dia 13, a Palestra n.º 5 do projeto "Palestras na Escola - Matemática, uma linguagem universal". Contaremos com o Professor Paulo Maurício, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, para nos falar de escalas, de conteúdo em potências de 10... e para responder às vossas questões.
29.11.22
Fase de escola do Concurso Nacional de Leitura - 19 de dezembro
Realizar-se-á no dia 19 de dezembro a prova escrita da fase de escola do Concurso Nacional de Leitura deste ano. Mais uma vez, contamos com o empenho dos nossos alunos, quer do 3.º ciclo, quer do secundário, no sentido de se prepararem para a prova de apuração para a fase municipal que se seguirá.
A prova, à semelhança do ano passado, decorrerá nas salas de informática - às 14.30h a de 3º ciclo e às 15.30h a de secundário - e consistirá num questionário online de escolha múltipla e uma pergunta de desenvolvimento para desempate.
As obras foram selecionadas, para cada um dos ciclos do agrupamento, e as inscrições estão a decorrer.
28.11.22
A propósito de... Sugestões de leitura
Na exposição "Leva-me contigo! - propostas para requisição domiciliária" já se encontram muitas das "novidades" adquiridas no âmbito do projeto Escola a Ler. E, até quinta-feira, algumas sugestões a propósito do Dia da Não Violência Contra as Mulheres, assinalado no passado dia 25, que contaram com a colaboração do Clube Ubuntu e do Clube de Leitura e Escrita da ESRT.
26.11.22
Teatro na escola
O teatro veio mais uma vez à escola e o texto elaborado pelas alunas Érica Larouca e Beatriz Alves leva-nos, de alguma forma, novamente até ele. O título é bastante original...
Sermão de Santo António…
aos alunos
Na quinta-feira, dia 17 de novembro, ocorreu na Escola Secundária de
Rio Tinto, no auditório grande, uma representação teatral do Sermão de Santo
António (aos peixes) sob a forma de um monólogo, tendo esta sido dividida em
duas sessões onde compareceram todas as turmas do 11º ano acompanhadas pelos respetivos
professores. A peça começa com o ator vestido de pescador,
envergando o seu impermeável, o seu gorro e as suas galochas, acompanhados do
seu guarda-chuva e de uma mochila. De seguida, liberta-se desses utensílios e
monta igualmente uma piscina de pequenas dimensões que servirá depois de palco
aos peixes. A certo momento, espalha sal pelo chão, o que é algo simbólico da
obra que estava a ser representada e a interpretação será, entretanto, enriquecida
por efeitos sonoros e por gestos faciais que geram o riso. Esta representação teatral durou
aproximadamente uma hora, sendo que o ator declamou o Sermão na sua totalidade.
A sua interpretação diz-se ter sido cómica e dinâmica, o que foi comprovado
pelos aplausos e pelo evidente ânimo da plateia. Assim, o ator foi capaz de
criar empatia com o público, captando a sua atenção com facilidade. Este
momento incluiu igualmente a participação de alguns alunos que interpretaram o
Tobias, o peixe de Tobias e o anjo Rafael, os quais são mencionados no capítulo
III do Sermão. No final, houve um breve momento em que os alunos puderam
esclarecer as suas dúvidas e curiosidades. Esta foi uma apresentação distinta do Sermão,
a qual permitiu aos alunos consolidar as informações que já haviam recebido nas
aulas da disciplina de Português.
Érica Larouca e Beatriz Alves, 11ºM
Érica Larouca e Beatriz Alves, 11ºM
17.11.22
DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA
No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Filosofia, que se celebra na terceira quinta-feira do mês de novembro, a BE/CRE colaborou com a seleção de obras e com a realização de uma exposição de marcadores de livros alusivos a filósofos de diferentes épocas. Estes resultaram de uma atividade de DAC entre a disciplina de Filosofia e a disciplina de Português, nas turmas A, C e H do 10.º ano.
Visitem a exposição, conheçam as obras e apreciem os marcadores com algumas "Cantigas de amigo" sobre a filosofia...
16.11.22
100 anos de Saramago
No dia em que José Saramago completaria 100 anos, recuperamos o vídeo já partilhado aqui há cerca de um ano, aquando do início da comemoração do seu centenário. Um autor incontornável da literatura portuguesa e da literatura universal, o "nosso" Nobel da Literatura que vale a pena conhecer melhor.
E, já agora, um excerto de As pequenas memórias, obra selecionada para a fase de escola do Concurso Nacional de Leitura, deste ano, para o ensino secundário:
Contei
noutro lugar como e porquê me chamo Saramago. Que esse Saramago não era um
apelido do lado paterno, mas sim a alcunha por que a família era conhecida na
aldeia. Que indo o meu pai a declarar no Registo Civil da Golegã o nascimento
do seu segundo filho, sucedeu que o funcionário (chamava-se ele Silvino) estava
bêbado (por despeito, disso o acusaria sempre meu pai), e que, sob os efeitos
do álcool e sem que ninguém se tivesse apercebido da onomástica fraude,
decidiu, por sua conta e risco, acrescentar Saramago ao lacónico José de Sousa
que meu pai pretendia que eu fosse. E que, desta maneira, finalmente, graças a
uma intervenção por todas as mostras divina, refiro-me, claro está, a Baco,
deus do vinho e daqueles que se excedem a bebê-lo, não precisei de inventar um
pseudónimo para, futuro havendo, assinar os meus livros. Sorte, grande sorte
minha, foi não ter nascido em qualquer das famílias da Azinhaga que, naquele
tempo e por muitos anos mais, tiveram de arrastar as obscenas alcunhas de
Pichatada, Curroto e Caralhana. Entrei na vida marcado com este apelido de
Saramago sem que a família o suspeitasse, e foi só aos sete anos, quando, para
me matricular na instrução primária, foi necessário apresentar certidão de
nascimento, que a verdade saiu nua do poço burocrático, com grande indignação
de meu pai, a quem, desde que se tinha mudado para Lisboa, a alcunha
desgostava. Mas o pior de tudo foi quando, chamando-se ele unicamente José de
Sousa, como ver se podia nos seus papéis, a Lei, severa, desconfiada, quis
saber por que bulas tinha ele então um filho cujo nome completo era José de
Sousa Saramago. Assim intimado, e para que tudo ficasse no próprio, no são e no
honesto, meu pai não teve outro remédio que proceder a uma nova inscrição do
seu nome, passando a chamar-se, ele também, José de Sousa Saramago. Suponho que
deverá ter sido este o único caso, na história da humanidade, em que foi o
filho a dar o nome ao pai. Não nos serviu de muito, nem a nós nem a ela, porque
meu pai, firme nas suas antipatias, sempre quis e conseguiu que o tratassem
unicamente por Sousa.
11.11.22
Comemoração do S. Martinho
Quentes e boas! Acabadinhas de chegar à Biblioteca, quadras de S. Martinho, no dia que o celebra. Aguardam as vossas visitas. Obrigada à Professora Ana Paula Patela e aos seus alunos autores.
6.11.22
103º aniversário de Sophia de Mello Breyner Andresen
Hoje o Google está assim:
E na nossa Biblioteca, o "Autor do Mês" já foi escolhido e a exposição montada.Vem celebrar connosco Sophia de Mello Breyner Andresen, a autora e a obra!
Guy Fawkes Day no English Corner da BE/CRE
Ontem, 5 de novembro, comemorou-se o Guy Fawkes Day. Se queres saber mais sobre o assunto, visita a tua Biblioteca e informa-te junto da exposição já montada no "Cantinho do Inglês", com trabalhos realizados por alunos do 8.º A e do 8.ºB.
Aqui ficam algumas imagens da exposição:
3.11.22
HALLOWEEN
O Halloween passou pela Biblioteca e deixou as suas marcas... Com a preciosa colaboração das professoras Anabela Hortas, Catarina Ferreira e Verónica Amil Dias. E dos seus alunos, claro!
Há mais para ver no espaço da BE/CRE!
Turmas envolvidas: 7.ºA, 7.ºB, 9.ºA, 9.ºB e 9.ºC.
28.10.22
25.10.22
24 de outubro - Dia da Biblioteca Escolar
Ontem foi, sem dúvida, um dia memorável. Comemoramos o Dia da Biblioteca Escolar, tendo por base o mote "Ler para a Paz e Harmonia Globais".Aqui estão algumas imagens e textos que o comprovam. Em breve, partilharemos mais.
A Forma Justa
Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
— Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo
Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
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“Neste mundo há lugar para todos. A
Terra, que é generosa e rica, pode abastecer todas as nossas necessidades. O
caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, mas, apesar de tudo,
temo-nos perdido. A cobiça envenena a alma dos homens... levanta muralhas de
ódio no mundo... faz avançar a miséria e a morte. [...] Não necessitamos de
máquinas sem humanidade. Não necessitamos de inteligência sem amor e ternura.
Sem essas virtudes tudo é violência e tudo se perde. [...] Escutas-me? Onde
estiveres, levanta os olhos! Podes ver? O sol rompe as nuvens que se espalham!
Saímos da obscuridade e vamos à luz! Entremos em num mundo novo, num mundo
melhor, em que os seres humanos estejam acima da cobiça, do ódio, da
hostilidade! Olha para cima. A alma dos homens conseguiu asas e já começa a
voar. Voa até o arco-íris, até a luz da esperança. [...]”
Excerto do discurso final do filme “O grande ditador” (1940)
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LETRA PARA UM HINO
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel
Alegre, in O canto e as armas
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Ode à Paz
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!
Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"
Paz!
E a Vida foi, e é assim, e não melhora.
Esforço inutil, crê! Tudo é illuzão...
Quantos não scismam n'isso mesmo a esta hora
Com uma taça, ou um punhal na mão!
Mas a Arte, o Lar, um filho, Antonio? Embora!
Chymeras, sonhos, bolas de sabão.
E a tortura do além e quem lá mora!
Isso é, talvez, minha unica afflicção...
Toda a dor pode suspportar-se, toda!
Mesmo a da noiva morta em plena boda,
Que por mortalha leva... essa que traz...
Mas uma não: é a dor do pensamento!
Ai quem me dera entrar n'esse convento
Que ha além da Morte e que se chama A Paz!
António Nobre, Só
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Peço a Paz
Peço a paz
e o silêncio
A paz dos frutos
e a música
de suas sementes
abertas ao vento
Peço a paz
e meus pulsos traçam na chuva
um rosto e um pão
Peço a paz
silenciosamente
a paz a madrugada em cada ovo aberto
aos passos leves da morte
A paz peço
a paz apenas
o repouso da luta no barro das mãos
uma língua sensível ao sabor do vinho
a paz clara
a paz quotidiana
dos actos que nos cobrem
de lama e sol
Peço a paz e o
silêncio
Casemiro Brito, Jardins de Guerra
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“Não sou eu que devo julgar a vida de outro homem. Devo julgar, devo escolher, devo desprezar, puramente para mim. Para mim, apenas.”
- Hermann Hesse, Siddhartha
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A Paz sem Vencedor e sem Vencidos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Dual'
Um capacete de guerra tem um ar carrancudo
Muito mais bela é uma flor
Uma flor tem tudo
para falar de paz e de amor.
Mas se virarmos o capacete de guerra
ele será um vaso, e é bem capaz
de ter uma flor num pouco de terra
e falar de amor e de paz.
A paz é uma pomba que voa.
É um casal de namorados,
São os pardais de Lisboa
que fazem ninho nos telhados.
E é o riacho de mansinho
que saltita nas pedras morenas
e toda a calma do caminho
com árvores altas e serenas.
A paz é o livro que ensina.
É uma vela em alto mar
e é o cabelo da o menina
que o vento conseguiu soltar.
E é o trabalho, o pão, a mesa,
a seara de trigo, ou de milho,
e perto da lâmpada acesa
a mãe que embala o seu filho.
A paz é quando um canhão
muito feio e de poucas falas
sente bater um coração
e dispara cravos, em vez de balas.
E é o braço que dás
no dia em que tu partires,
e as gotas de chuvas da paz
no balanço do arco-íris.
É luar de lua cheia
tocando as casas e a rua,
são conchas, búzios na areia,
a paz é minha e é tua.
É o povo todo unido
no mundo, de norte a sul,
e é um balão colorido
subindo no céu azul.
A paz é o oposto da guerra,
é o sol, são as madrugadas,
e todas as crianças da terra
de mãos dadas, de mãos dadas,
de mãos dadas.
Sidónio Muralha