13.12.19

Plano Nacional de Cinema - "O Grande Ditador"




No âmbito do Plano Nacional de Cinema, no dia três de dezembro, todos os alunos do 9.º ano de escolaridade do Agrupamento de Rio Tinto 3 foram ao cinema. Eram cerca de 300 alunos e professores. A escolha do filme recaiu no «O grande ditador». Acompanhados pelos professores, percorreram várias artérias da cidade até ao Parque Nascente.

Instruídos pelos professores de história, os alunos levavam algumas expetativas: o filme seria a preto e branco e era antigo.

Tinham razão. Estávamos no ano de 1940. O filme foi escrito, produzido e realizado por Charles Chaplin que interpretou duas personagens: um ditador da Tomânia e um barbeiro judeu.

Tudo aconteceu na altura da Primeira Guerra Mundial. A história é simples e fácil de contar. Há um piloto, Schultz, que é salvo por um soldado desastrado. Só que o avião em que seguiam foi abatido. O soldado foi parar ao hospital com amnésia e por lá ficou algum tempo. Depois de ter alta hospitalar, abriu uma barbearia num bairro judeu.

Nesta altura, a Tomânia era governada por um ditador que apresentava semelhanças físicas com o barbeiro. A sua política baseava-se na discriminação contra os judeus.  Entretanto, o barbeiro é preso em circunstâncias pouco claras e levado à presença do comandante, por sinal, já seu conhecido, o piloto Schultz. Como recompensa por lhe ter salvo a vida, o comandante prometeu proteção ao bairro judeu onde o barbeiro morava. Só que o comandante vai ser acusado de traição e levado para um campo de concentração juntamente com o barbeiro. Para trás, ficou a namorada deste e o pai dela, tendo estes fugido, entretanto, para um país próximo da Tomânia. Mas nem este se revelava seguro. Era cobiçado pelo ditador da Bacteria e por Hynkel, que tinha planos para conquistar o Mundo. Este último convida o ditador da Bacteria para uma conferência de líderes. No meio da confusão, o barbeiro e o comandante fogem do campo de concentração.

O realizador, com este filme, pretendeu fazer uma crítica social feroz ao nazismo e ao seu representante máximo: Adolfo Hitler.

Deste filme, destacou-se um momento especial: o discurso final de Chaplin. É aqui que se vê a grandeza de um ser humano. É aqui também que se apela veementemente ao fim dos conflitos humanos e à tolerância religiosa.

Sabemos que este filme não recebeu qualquer Óscar, apesar de ter sido nomeado para isso. Mas o que importa isso quando a visibilidade ultrapassa o que é visível? Tal como diz Antoine de Saint-Exupéry: «só se vê bem com o coração».

Texto de Ana Santos, professora de Português, colaboradora ativa no desenvolvimento do PNC nas turmas de nono ano do agrupamento




























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