14.6.24

RE)criar Abril

 Na próxima 3ª feira, dia 18 de junho, às 21h30, a peça de teatro "RE)criar Abril", produzida pela turma  10ºO, terá uma apresentação pública no Auditório Municipal de Gondomar.


Caso queiram assistir, aqui está o link para a compra dos Bilhetes.





11.6.24

OPEN THE WINDOW - 24 anos, 12 livros

Alunos e professores…

O mesmo objetivo, porque juntos conseguimos e chegamos mais longe.

Um longo caminho percorrido.

 

Janelas…

que se abrem, que são um convite à imaginação e nos transportam para um mundo de fantasia e mistério, povoado por príncipes e princesas, cavaleiros e fantasmas, bruxas e fadas, viagens no espaço e no tempo, animais que falam e se transformam e, claro, as inevitáveis histórias de luta entre o bem e o mal.

Janelas da alma abertas para o sonho.


                                   …won’t you step inside?

 

Somewhere, somehow

Imagination suddenly peeks,

Seeks light,

Shapes colours,

Unravels noises,

Doodles images.

It spreads its wings,

flies to and fro,

spins around and around and around…

Plays tricks to the mind,

Overlooks reality,

And leaves it behind willingly.

Out of the blue,

Like struck by lightning  

A new canvas starts being painted

And a new life is woven

With sunlight, some rain, lots of rainbows,

Love, tears, laughter...

A new window is opening.

Little by little.

And a story is born!

This time it could be yours…

And this goes on and on

Windows are opened

And stories will be fancifully knitted

Till the end of times.                                                                               

                       As Coordenadoras (Paula Vicente e Rosário Melo)

(imagens da exposição no English Corner, da Biblioteca)

E se mais livros não houver, que não se fechem as janelas, que a criatividade continue como forma de agradecimento pelos 24 anos de dedicação. 


Obrigada, Professores Paula Vicente, Rosário Melo e Fernando Cardoso! A marca foi deixada e não desaparecerá.




6.6.24

Tertúlia/Palestra com a "aventureira" Eva Martins

 No dia 21 de Maio, pelas 10:50h, teve lugar no Auditório Pequeno da nossa escola uma Tertúlia/Palestra dinamizada pela "aventureira", também professora, Eva Martins, organizada pela professora Adelina Martins em colaboração com a Biblioteca.


A professora Eva Martins partilhou as suas aventuras, promovendo hábitos e estilos de vida saudável com profunda ligação à natureza, em geral, e às montanhas e terras altas, em particular. A tertúlia desenvolveu-se em tom de conversa amigável, com imensas intervenções por parte dos alunos das turmas F e G do 10º ano.


 


Através da visualização de fotografias e vídeos, foram apresentados locais remotos como o EBC – Everest Base Camp, o Kilimanjaro, o Atlas, a GR20 na Córsega, os Picos da Europa, o Grand Canyon, várias rotas dos Caminhos de Santiago, entre outros. Os alunos puderam interagir com objetos pessoais da professora Eva, onde se destacam os bastões de trekking, a tenda que a acompanha sempre, o pequeno fogão e a botija de gás onde cozinha quando acampa e algumas bandeiras que trouxe das suas viagens. Questões como "Há quantos anos começou a fazer Trekkings em Média e Alta Montanha? Qual é o tipo de preparação física que faz para suportar a intensidade dos Trekkings? Quais as montanhas preferidas? Tem algum tipo de medo?" foram levantadas e respondidas cuidadosamente.



Os alunos ouviram as suas descrições de aventuras desafiantes, num testemunho muito pessoal que desvaloriza uma vida de excesso de bens materiais e enaltece a importância do contacto com a Natureza no seu estado mais puro e simples, a valorização do autoconhecimento, da superação, da introspeção e a procura do bem-estar emocional, psicológico e físico.


 


A expressão da professora "Tenho dentro de mim um Ferrari!" ilustra bem a ideia de que o maior valor de cada ser humano deve estar no seu interior, resultado das experiências e vivências com significado da sua vida.
 

Foi uma tertúlia emocional e visual, que fez pensar, questionar e que contribuirá, com certeza e esperança, para um maior respeito pelo nosso planeta e pelo ser humano. Os alunos demonstraram interesse e curiosidade em explorar um pouco mais o planeta que habitam.



4.6.24

PARABÉNS, Açucena! Mais um 1.º Prémio!


Odisseia de Pandora, en(caixa)da na História

 

Num Olimpo distante, Zeus, todo-poderoso,

Em fúria, se ergue, como um trovão.

Prometeu, insolente, desafiou o poder,

Dando aos homens o fogo, um feito a temer.

Com olhos em chamas, Zeus, em ebulição,

Engendrou um plano ardiloso.

Encomendando Pandora a Hefesto, encargo moroso.

Pandora era bela, cheia de graça e encanto.

Zeus ofertou-lhe uma caixa, um segredo e tanto.

"Nunca a abra, Pandora, é a minha exigência,

Pois dentro dela, nada seduz, só há desavença."

Curiosa e ousada, mas rendida à tentação,

Abre a caixa e derrama-se a confusão.

Guerra, doenças, males sem parar…

Porém, entre as sombras, um raio a brilhar.

A esperança brota como luz acesa na escuridão.

 

Na aula de história, onde o tempo enreda lições do passado,

O mito de Pandora emerge, despertando-me, ousado.

Uma mulher curiosa, uma caixa proibida, um enigma a decifrar.

Pandora é única, mas replica-se em nós – é ímpar.

 

Na pré-história, quando o mundo era selvagem e vasto,

Pandora, uma mulher das cavernas, recebe um presente nefasto.

Uma caixa de pedra, selada, com mistério ancestral,

Guardando segredos arcaicos, um enigma proverbial.

"Não toque", ecoa o sussurro do espírito da natureza.

Todavia, ela, em transe, abre a caixa rudimentar,

Arruína-se a fechadura, ela esboça um esgar;

com mãos trémulas, sem certeza,

A audácia de Pandora não conhece censura.

E dos confins da escuridão assomam males sem cura.

Fome, doença, predadores famintos à espreita,

Cada mal libertado, com um eco triste a rejeita.

Mas, no âmago da caixa, uma chama a arder,

A esperança, uma centelha, a persistir e a vencer.


Na esplêndida era da Antiguidade,

Pandora, envolta em sua majestade,

Recebe dos deuses uma caixa preciosa,

Repleta de segredos, uma dádiva enganosa.

"Não se atreva!", advertem as divindades altivas,

Mas, a ousadia é como uma chama - cativa-a.

Quebra o lacre e pressente as silhuetas nocivas.

Pandora, com olhos brilhantes - que intensidade! -

Desafia a ordem, ignorando a advertência, de verdade.

A tampa da caixa ergue-se, sem demora,

Os males do mundo são libertados e tudo piora.

Contudo, no centro da caixa, uma chama a reluzir:

A esperança, mesmo diante do caos, a persistir.

 

Na era medieval, temerosa e sombria,

Pandora, uma donzela, recebe uma caixa por cortesia.

Guardiã dos segredos num castelo antigo,

O desvelo, como fogo, abrasa-a, possessivo.

"Não descerre", sussurram os senhores do alto.

Pandora acaricia o tampo, sente um sobressalto.

Contudo, a tentação brilha, nos olhos de cobalto.

Com mãos trémulas, a tampa ergue, o rosto soleva,

E os males do mundo antigo irrompem, sem trégua.

Doenças, guerras, fomes e prantos sem par,

Cada mal libertado, como um lamento a ecoar.

Mas, no fundo da caixa, uma luz a brilhar:

A esperança, imersa em desespero, começa a vigorar.

 

Na era da máquina e do vapor incessante,

Pandora, uma operária, entreolha um presente.

Uma caixa metálica, fechada com atavios,

Repleta de ferragens, mistérios e desafios.

"Não mexa", sussurram vozes na fábrica inclemente,

Mas, o atrevimento de Pandora é uma força ardente.

Sacode a caixa, solta-se um silvo, liberta-se o ar.

Poluição, exploração, desigualdade a alastrar,

Cada mal libertado, como fumaça a pairar.

Das ruas escuras, surgem males reprimidos,

A exploração, a injustiça, a cobiça – todos permitidos.

Porém, entre as engrenagens, na contraluz,

Vislumbra-se a esperança que, ousadamente, reluz.

 

No agrume das trincheiras, no retumbar das armas,

Pandora, uma enfermeira, enfrenta mágoas e dramas.

Uma caixa de metal, selada com medo e cativeiro,

Guarda os horrores das guerras, um enigma derradeiro.

"Não abra", sussurram espíritos dos caídos em batalha,

Mas, a intrepidez de Pandora é como uma navalha.

Como lume absorvendo um fardo de palha.

Ela abre a caixa, libertando os horrores da carnificina,

E os males das guerras assolam-na, como uma sina.

Dor, tortura, morte e destruição, marcham e marcham,

Os males libertados são espectros que pairam.

Mas, no cerne da caixa, uma chama que brilha,

A esperança pulsa na escuridão, deixa uma trilha.

 

Num mundo moderno, de avanços tecnológicos,

Pandora, agora uma jovem de olhos atónitos,

Recebe um presente digital - uma caixa virtual -

Cheia de promessas e perigos, em nada banal.

"Não exponha", adverte o deus digital,

Mas a audácia, como sempre, é imortal.

Com a mão retesada, como num ritual,

Pandora clica, a caixa ilumina-se, sem hesitar,

Os males do mundo virtual começam a brotar.

“Malware”, “hackers”, “trolls” e “spam” emergem sem parar

“Chats” de redes sociais inundam-se de ódio, a disparar.

Mas, entre as trevas da internet, uma conexão brilha,

Há esperança, uma ligação verdadeira que se partilha e vigia.

 

Na aula de história, onde o tempo enreda lições do passado,

Pandora ressurge, en(caixa)-se - um mito sempre renovado.

Impulsiona a energia que a curiosidade invoca.

Lembra-nos que a esperança nunca morre e tudo suporta.


                                                                        Açucena Alijaj, 11.ºH